Três empreendimentos que transformam o cenário empreendedor amazônico através da bioeconomia serviram de exemplo;
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O Programa StartUP Pará, iniciativa do Governo do Pará e executada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica, participou do Chocolat Amazônia 2024. Durante os dias 27, 28 e 29 de setembro, no Hangar – Centro de Convenções, a equipe técnica apresentou as chamadas, eventos e workshops produzidos pelo StartUP Pará durante seus anos de atuação, que vem transformando ecossistemas e vidas empreendedoras. Além disso, o programa convidou alguns empreendedores para que pudessem expor seus trabalhos e impulsionar projetos nesse espaço de fomento comercial.
Com o objetivo de divulgar aos cidadãos sobre as ações tomadas pelo estado do Pará no contexto do empreendedorismo, bem como ampliar os espaços de protagonismo para aqueles que atuam com negócios de impacto na Amazônia, aliados ao empreendedorismo e à floresta em pé, o StartUP Pará fortalece com ações desse porte parcerias com outras organizações em meio a este evento tão importante para o cenário local.
O estande do Programa StartUP Pará foi composto por três empreendimentos que vem transformando o cenário empreendedor amazônico, através da bioeconomia, entre eles estão:
Aruanas, um negócio social organizado por estudantes da UFPA, que junto às comunidades locais de agricultores familiares, tem como propósito agregar valor para as cadeias produtivas de insumos naturais da floresta amazônica, por meio da verticalização desses recursos.
A Azzi, uma linha de refrescos com extratos concentrados de frutas que combinam os sabores marcantes de manga e cassis, framboesa e maracujá com os super ingredientes: cúrcuma, gengibre e hibisco. Empresa inspirada na cultura e nas paisagens de Belém, Azzi traz em suas embalagens ícones da cidade de Belém, conectando tradição e inovação para oferecer experiências únicas de sabor e bem-estar.
A Du Quilombo, de produtos Regionais, é formada por agricultores que trabalham com a produção de bolos de macaxeira e biscoitos de castanhas, os quais são colhidos da própria comunidade. O objetivo é trabalhar e promover produtos advindos do espaço em que vivem de forma artesanal, regional, sustentável e original da terra quilombola.
Para Amanda Monteiro, atual líder do Aruanas, o negócio busca valorizar a biodiversidade local e gerar renda para as comunidades amazônidas. Segundo ela, a oportunidade de estar na Chocolat Amazônia foi extremamente necessária para alavancar o projeto Aruanas. “Nossa participação não seria possível sem ajuda do StartUP Pará, porque em eventos grandes como esse, ainda mais em tempos de COP 30, conseguir um espaço acaba sendo difícil e com esse apoio conseguimos ter uma visibilidade maior”, afirmou.
Patrícia Ferreira integra o projeto Du Quilombo, conta que seus produtos são feitos artesanalmente em sua comunidade com a maior qualidade e que buscam valorizar a afrodescendência. Ela conta que o projeto surgiu a partir de uma feira de dia das mulheres realizada na cidade do Acará, onde residem. “É uma grande oportunidade demonstrar nossos produtos, ganhar novos clientes e muito bom para nosso crescimento, assim evoluir com a venda de nossos produtos.”, afirma Patrícia.
Para a Coordenadora do StartUP Pará, Maria Trindade, o espaço é uma oportunidade única para fortalecer o empreendedorismo inovador e conectar iniciativas locais com tendências globais de consumo e comportamentos socioambientais. “Em um contexto como o do Programa Startup Pará, que busca estimular a geração de oportunidades de negócios e processos inovadores, o Festival Internacional do Chocolate e do Cacau – Chocolat Amazônia pode ser um importante catalisador de inovação e competitividade para os empreendedores”, completa Trindade.
A participação do StartUP Pará enquanto organização estadual, reforça o compromisso em impulsionar negócios e experiências que impactam diretamente as mudanças socioeconômicas. Uma rede que apoia as novas empresas que têm seus objetivos baseados na sustentabilidade e inovação.
Texto: Júlio Negrão